Era uma vez dois rapazes, um rico e um pobre, que viviam numa aldeia no sopé de um monte. Tinham a mesma idade e andavam na mesma turma, porém eram muito diferentes em termos de atitudes e valores. O rapaz rico só se sentia bem a humilhar os outros, principalmente o aluno pobre que era humilde, bastante trabalhador e solidário com os colegas. Enquanto o pobre se divertia com coisas simples, o rico divertia-se a falar das coisas simples do pobre, não conseguindo ter amigos verdadeiros e fiéis.
Um dia, o rico, no regresso a casa, passou pela floresta que cercava a sua aldeia. A floresta era muito densa, com árvores gigantescas que pareciam soldados de um exército assombrado.
De repente, avistou uma clareira e, curioso, dirigiu-se até lá. A clareira era rodeada por grandes árvores, tendo várias rochas de diferentes tamanhos no centro. No topo da rocha mais alta estava, apoiado num cetro, um velho com um ar enigmático, que estendeu a mão na sua direção e lhe mostrou um objeto brilhante.
– O que é isso? – perguntou o rapaz assustado.
– Uma coisa que talvez te interesse… Algo que te pode abrir as portas para tudo o que desejas. Trata-se de um cofre que te ofereço em troca de um favor bastante desafiador. Este cofre contém um amuleto e só pode ser aberto por três chaves, encontradas por três pessoas diferentes e unidas pela amizade. Caso aceites esse desafio, e não o consigas cumprir, perdes tudo o que tens.
– E onde posso encontrar essas chaves?
– Neste preciso local – dizendo isso desfez-se em cinzas, deixando o cofre na rocha mais alta onde se encontrava.
O rapaz recolheu o cofre e foi para casa.
No dia seguinte, na escola, o rapaz rico tentou encontrar dois amigos que alinhassem no desafio. Como todos recusaram, o rapaz desistiu e abandonou o cofre atrás de uma árvore para que ninguém o pudesse ver.
No entanto, os dois colegas do rico, que tinham recusado o desafio e, entretanto, recuperado o cofre, contaram o sucedido ao pobre e disponibilizaram-se para tentar encontrar as três chaves.
Assim, no final do dia, o pobre e os dois amigos foram até à floresta, dirigiram-se à clareira e tanto procuraram que encontraram as chaves debaixo de duas pedras cobertas de musgo. Com cuidado abriram o cofre e, erguendo o amuleto, pediram que a sua amizade continuasse e que nada lhes faltasse na vida. Naquele momento, um raio de luz abateu-se sobre a casa do rico, desfazendo todos os seus bens.
Podemos, assim, concluir que o mais importante é a educação, a amizade e a humildade e não o egocentrismo e a ganância das pessoas.
Aluno do 9ºB sob a orientação da Professora Teresa Gouveia.